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Saúde

5 sinais não tão óbvios de que o estresse está te afetando

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O estresse é uma resposta do corpo para situações de perigo ou alerta. Alguns dos sintomas clássicos são dores de cabeça, ansiedade e tensão muscular. No entanto, existem outros sinais pouco associados a esse problema.

O que é estresse?

De acordo com especialista, o estresse é uma resposta natural do corpo perante situações ameaçadoras. “Historicamente, essa resposta desempenhou um papel vital na sobrevivência humana, permitindo que nossos ancestrais enfrentassem perigos iminentes. Quando eles enfrentavam ameaças, como ataques de predadores, seus corpos respondiam rapidamente, preparando-os para lutar contra a ameaça ou fugir dela”, explica Rodrigo.

Essa resposta é guiada por uma interação entre o sistema nervoso e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Quando o cérebro percebe uma ameaça, seja real ou um medo irreal, ele envia um sinal para a glândula adrenal liberar hormônios do estresse na corrente sanguínea. Assim, eles desencadeiam alterações fisiológicas projetadas para aumentar a prontidão para a ação.

“A adrenalina aumenta a frequência cardíaca, dilata os vasos sanguíneos e aumenta a disponibilidade de oxigênio para os músculos, preparando o corpo para a ação. Ao mesmo tempo, o cortisol ajuda a regular processos metabólicos, como o açúcar no sangue, para garantir que haja energia suficiente disponível para sustentar a resposta ao estresse”, acrescenta Neves.

1. Sono desregulado

O estresse crônico pode desencadear uma série de distúrbios do sono, incluindo insônia, sono fragmentado e pesadelos frequentes.

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“Isso porque o aumento dos níveis de cortisol no organismo pode interferir nos padrões naturais de sono, prejudicando a qualidade e a quantidade do descanso. Além disso, o estresse emocional pode levar a pensamentos ansiosos e preocupações que dificultam o relaxamento necessário para adormecer e permanecer dormindo. É comum que uma pessoa estressada acorde diversas vezes durante a noite”, afirma o especialista.

2. Hábitos alimentares

Quando estamos sob estresse, tendemos a recorrer a comportamentos alimentares inadequados, como comer rapidamente e mastigar pouco. Em situação de estresse crônico, é comum haver impaciência e necessidade de terminar rapidamente as refeições.

Esses hábitos podem levar a problemas digestivos, como indigestão e azia, piorando ainda mais o humor. O estresse também pode alterar os níveis de hormônios relacionados à fome, como a grelina e a leptina, aumentando o desejo por alimentos ricos em gordura e açúcar.

3. Bruxismo e rigidez na mandíbula

Segundo Rodrigo, o bruxismo, ou ranger dos dentes, é uma resposta comum ao estresse emocional e pode ocorrer durante o dia ou à noite.

A tensão muscular associada ao bruxismo pode levar a dores de cabeça tensionais, dor na mandíbula e problemas na articulação temporomandibular (ATM).

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Além disso, o apertamento dos dentes pode resultar em desgaste do esmalte dentário e danos aos tecidos moles da boca.

4. Baixa libido

O estresse crônico pode afetar negativamente a função sexual, reduzindo a libido e prejudicando a resposta perante os estímulos.

Isso ocorre porque o aumento dos níveis de cortisol pode interferir na produção de hormônios sexuais, como a testosterona, que desempenham um papel fundamental no desejo e no desempenho sexual.

Além disso, o estresse emocional pode diminuir o interesse e a excitação, tornando mais difícil para indivíduos estressados se conectarem intimamente com seus parceiros.

5. Problemas de concentração e memória

O estresse crônico é associado a déficits cognitivos, incluindo dificuldades de concentração, atenção e memória.

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“O aumento dos níveis de cortisol pode interferir na função do hipocampo, uma região do cérebro responsável pela consolidação da memória. Além disso, o estresse prolongado pode levar à atrofia da região, reduzindo sua capacidade de formar novas memórias e recuperar informações armazenadas. Esses problemas de cognição podem impactar negativamente o desempenho no trabalho, nos estudos e nas atividades diárias, aumentando ainda mais o estresse e criando um ciclo prejudicial”, alerta o endocrinologista.

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