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Saúde

Perigo silencioso: entenda o aneurisma cerebral

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Emilia Clarke Sharon Stone - Foto: Divulgação

A doença é comum em pessoas com idades entre 35 a 60 anos

As atrizes Emilia Clarke, uma das estrelas do filme Game of Thrones, e Sharon Stone, famosa pelo longa-metragem Instinto Selvagem, já sofreram com o aneurisma cerebral. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a doença atinge de 10 a 15 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes, sendo mais frequente em mulheres. No geral, a taxa é de três mulheres a cada dois homens portadores do problema.

De acordo com o neurocirurgião Jamil Farhat Neto, trata-se da dilatação anormal e enfraquecida de uma artéria no cérebro. “Essa dilatação pode aumentar com o tempo e romper, causando hemorragia cerebral, o que pode ser uma condição grave e fatal”, explica. Segundo o médico, os sintomas indicativos de um aneurisma incluem dores de cabeça súbitas e intensas, visão dupla, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e perda de consciência. Ele alerta para a importância da procura de ajuda médica imediata e faz uma ressalva: indivíduos que possuem antecedente familiar devem ser avaliados também através do screnning preventivo (exame que investiga a doença antes de qualquer sintoma). Pessoas com certas condições genéticas, como a Síndrome de Ehlers- Danlos, fumantes, hipertensas, além daquelas com histórico de lesões na cabeça, estão no grupo de risco.

Doença silenciosa

Conforme Jamil, muitas vezes não há sintomas até que ocorra a ruptura. O neurocirurgião comenta que se houver o rompimento da artéria, o aneurisma tem a probabilidade de ser fatal, pois a hemorragia resultante pode causar danos e sequelas graves ao cérebro e até mesmo levar à morte.

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Cirurgia

O médico destaca que existem várias técnicas cirúrgicas para tratar aneurismas cerebrais, incluindo a embolização endovascular e a clipagem microcirúrgica. Na primeira, um cateter é inserido na artéria. São colocadas pequenas molas ou dispositivos que bloqueiam o fluxo sanguíneo para o aneurisma.

Na segunda, através de uma abertura no crânio, um clipe metálico é colocado na base do aneurisma para bloquear o fluxo sanguíneo. “A escolha da técnica depende de cada caso. Eu costumo avaliar de forma personalizada, sempre conversando com o paciente e sua família”, ressalta.

 

Dr. Jamil Farhat Neto - Foto: Divulgação

Dr. Jamil Farhat Neto – Foto: Divulgação

Mudanças de hábitos de vida

O neurocirurgião lembra que adotar hábitos de vida saudáveis pode ajudar a prevenir o rompimento de aneurismas cerebrais. Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, controlar a pressão arterial, manter o peso saudável e fazer exercícios físicos regularmente são primordiais. “Além disso, é importante procurar tratamento para condições médicas subjacentes, como diabetes e colesterol alto, que podem aumentar o risco de doenças vasculares”, finaliza.

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