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Saúde

Fisioterapia ajuda a controlar a dor do impacto femoroacetabular, mas não resolve a causa

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Especialista diz que quadro pode levar a necessidade de cirurgia de prótese de quadril no futuro

Segundo o ortopedista Inácio Ventura, o impacto femoroacetabular é um conflito anormal do fêmur com a cavidade da bacia, ou seja, durante o movimento os ossos das duas estruturas entram em contato quando isso não deveria ocorrer. “Se o problema for causado pela má-formação óssea da região, tratamentos conservadores, como a fisioterapia, podem ajudar a controlar a dor, mas não resolvem a causa básica”, afirma.

Além disso, postergar a correção da doença pode danificar o labrum acetabular e a cartilagem do quadril, o que predispõe ao desenvolvimento da artrose e pode piorar os resultados dos tratamentos posteriores.

Tipos de impacto femoroacetabular

Clássico: Uma deformidade óssea no acetábulo, na cabeça do fêmur ou em ambos que leva ao impacto durante o movimento.

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Funcional: Provocado por atividades físicas que demandam um movimento extremo do quadril — como balé, capoeira e taekwondo, por exemplo — ou em alterações posturais estruturadas.

Tratamentos possíveis

O médico aponta que o impacto femoroacetabular pode ser abordado de forma conservadora ou cirúrgica. Entretanto, ele ressalta que as formas não cirúrgicas — fisioterapia, infiltração, medicamentos orais — não resolvem o conflito mecânico (ósseo) presente no impacto do tipo clássico.
“A videoartroscopia é o procedimento padrão ouro para o tratamento do problema. Por equipamento endoscópico de vídeo, o ortopedista refaz os contornos do fêmur e acetábulo, trata a cartilagem e a lesão do labrum, além de corrigir outros problemas encontrados durante a cirurgia”, explica.

Fisioterapia

De acordo com Ventura, é preciso entender que a fisioterapia conduzida por um bom profissional é parte essencial de qualquer protocolo de tratamento ortopédico. No impacto femoroacetabular não é diferente. Contudo, para pacientes com o tipo clássico da doença, ela pode ser mais efetiva se realizada após o procedimento cirúrgico.

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Dr. Inácio Ventura - Foto divulgação

Dr. Inácio Ventura – Foto divulgação

O médico lembra que é possível aliviar a dor do paciente com impacto femoroacetabular por meio do uso de múltiplas técnicas conservadoras — a fisioterapia é uma delas. Mas pode ser necessário, também, que o paciente restrinja suas atividades esportivas e de rotina que demandem a flexão extrema do quadril, caso contrário, pode haver piora e agravamento do quadro.

Os perigos de não tratar

Ventura comenta que a deformidade óssea presente no impacto femoroacetabular clássico pode levar a diversas lesões das estruturas circundantes. “Se a deformidade não for corrigida, estas lesões podem piorar, mesmo que o tratamento conservador retire a dor. Por consequência, no futuro, o desgaste ósseo-cartilaginoso pode levar ao desenvolvimento de artrose grave e gerar a necessidade de uma intervenção cirúrgica, como a prótese de quadril”, conclui.

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