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Saúde

Eletrofisiologia cardíaca é a ciência que estuda a geração e condução do estímulo elétrico pelo coração

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Especialista afirma que o estímulo é primordial, pois dá origem ao batimento cardíaco

Segundo o cardiologista e eletrofisiologista Frederico Scuotto, as arritmias são causadas por distúrbios na geração, na condução do estímulo elétrico, ou por ambas as condições. Isto tudo é estudado pela eletrofisiologia cardíaca. Ele explica que o problema pode ser diagnosticado por métodos não invasivos de monitorização cardíaca, como o eletrocardiograma, Holter de 24 horas, Loop Recorder de 7, 14 ou 28 dias. “Algumas vezes recorremos ao teste ergométrico para avaliar a resposta do coração ao esforço. Porém, algumas arritmias só podem ser adequadamente avaliadas quando se faz uma avaliação direta do sistema de condução do coração e da resposta do músculo cardíaco a estímulos ordenados através do estudo eletrofisiológico”, esclarece.

Scuotto conta que o exame é minimamente invasivo, semelhante ao cateterismo cardíaco. Inseridos pela virilha, os cateteres chegam ao coração sendo capazes de medir as condições do sistema elétrico e sua resposta a tais estímulos. Eles podem fazer o diagnóstico de uma série de arritmias e sintomas que o paciente apresenta, dentre eles palpitações, desmaios e paradas cardíacas, que não têm a causa elucidada por outros exames.

Pode existir também a parte terapêutica dentro do estudo eletrofisiológico, com a possibilidade de se realizar a ablação — uma cauterização do foco das arritmias — concomitantemente.

Exame

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O cardiologista diz que o preparo para o exame requer jejum de oito horas. “A interrupção de medicações antiarrítmicas e/ou anticoagulantes, é individualizada, devendo o eletrofisiologista orientar cada caso”, aponta.

Riscos para o paciente

De acordo com Scuotto, depende de alguns fatores, como a condição a ser diagnosticada e tratada, o local do foco da arritmia, a presença de cardiopatia, e a idade do paciente. Ele comenta que pacientes com coração estruturalmente normal, os riscos, embora existentes, são mínimos. Já pacientes com cardiopatia podem apresentar risco um pouco maior dada a condição cardíaca.

A localização do foco da arritmia também influencia nos riscos, quando se encontra próxima a estruturas nobres do coração. “Pacientes nos extremos de idade também apresentam risco discretamente aumentado de complicações. No entanto, deve-se salientar que é um exame seguro, preciso, de pequena duração e de rápida recuperação na maioria dos casos”, ressalta.

Dr. Frederico Scuotto - Foto divulgação

Dr. Frederico Scuotto – Foto divulgação

Contraindicações

O médico lembra que são raras e dependem da condição clínica do indivíduo. Ele cita, por exemplo, pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, que, geralmente, apresentam contraindicações ao exame, além daqueles com doença vascular importante, presença de infecção ativa e dificuldade de acesso vascular para sua realização.

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