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Saúde

Especialista comenta pontos fundamentais sobre o diagnóstico precoce no Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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Médica diz que os pais devem proporcionar um ambiente seguro e estimulante que incentive o desenvolvimento das habilidades da criança

De acordo com a neuropediatra Estéfani Ortiz, o Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. O autismo varia amplamente em intensidade e nos desafios que apresenta, razão pela qual é descrito como um “espectro”.

A médica ressalta que os benefícios do diagnóstico precoce do autismo incluem:

Intervenção: crianças diagnosticadas precocemente podem começar a receber intervenções e terapias específicas fundamentais para o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas e cognitivas.

Planejamento educativo: pais e educadores podem desenvolver um plano de educação personalizado que atende às necessidades específicas da criança.

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Redução do estresse familiar: um diagnóstico precoce pode ajudar a reduzir a incerteza e a ansiedade dos pais, permitindo-lhes acessar os recursos e o apoio necessários mais cedo.

Desenvolvimento de habilidades: a intervenção precoce pode ajudar a desenvolver habilidades adaptativas e melhorar a qualidade de vida da criança.

Demora no diagnóstico

Estéfani aponta que o diagnóstico feito por profissional especializado não demora, e pode ser feito no primeiro ano de vida. Porém, a neuropediatra conta que a demora no diagnóstico do autismo pode acontecer por falta de conhecimento do espectro, especialmente em casos onde os sinais são sutis ou se a criança tem uma apresentação menos intensa do espectro. “A identificação precoce depende de uma combinação de observação dos pais, avaliações médicas, e, muitas vezes, da percepção de educadores e outros profissionais de saúde. A falta de acesso a especialistas ou a demora em receber uma avaliação adequada também é o que mais contribui para atrasos no diagnóstico”, destaca.

Diagnóstico precoce é essencial para ajudar no desenvolvimento de habilidades

A especialista explica que crianças que recebem intervenção precoce têm mais chances de melhorar significativamente em várias áreas, como comunicação, interação social e habilidades cognitivas. Ela cita que programas de intervenção precoce, como terapia-comportamental aplicada (ABA), fonoaudiologia e terapia ocupacional, são especialmente eficazes quando iniciados cedo.

Orientação aos pais

Segundo a médica, é importante que após o diagnóstico, os pais busquem orientação profissional especializada, como neuropediatra, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, para iniciar um plano de intervenção adequado. Estéfani salienta que é primordial o diálogo contínuo com os profissionais envolvidos no cuidado da criança para ajustar as intervenções conforme necessário.

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Dra. Estefáni Ortiz - Foto divulgação

Dra. Estefáni Ortiz – Foto divulgação

Ela recomenda também que os pais se eduquem sobre o transtorno do espectro autista, pois quanto mais eles entenderem sobre o assunto, mais preparados estarão para apoiar o desenvolvimento de seus filhos. “Participar de grupos de apoio para pais de crianças com autismo pode oferecer suporte emocional e compartilhamento de informações úteis. Além disso, trabalhar com educadores para criar um plano de ensino individualizado (PEI) que atenda às necessidades específicas da criança”, aconselha.

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