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Saúde

Um terço da população brasileira sofre com insônia

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Médica destaca que o distúrbio se tornou um problema de saúde pública

Números da Associação Brasileira do Sono (ABS) mostram que cerca de 73 milhões de brasileiros são atingidos pela insônia. Trata-se de um problema em que o indivíduo tem dificuldade de iniciar o sono, de permanecer dormindo ou ambos. Conforme a médica Fernanda Rizzo, a insônia pode ser considerada uma epidemia, pois as pessoas podem ter alguma disfunção do sono devido ao estilo de vida acelerado, com muita pressão por produtividade, cobrança excessiva e até mesmo privação de tempo para lazer ou para prática de atividades físicas. “Alguns hábitos que causam insônia incluem exposição às telas (televisão, celular ou computador) pouco tempo antes de deitar; consumir cafeína ou álcool diariamente próximo ao horário de dormir; ter horários irregulares para dormir; ambiente de sono barulhento ou com muita luz; não fazer exercícios físicos e um estado emocional com algum desequilíbrio ou estressor”, aponta.

Segundo a especialista, para diagnosticar o transtorno do sono, o profissional deve conversar com o paciente sobre como estão sendo suas noites de sono, se a dificuldade é no início ou na manutenção do sono, além do estilo de vida e hábitos noturnos. Rizzo comenta que, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares, como a polissonografia, para descartar outras causas possíveis.

De acordo com a médica, os bons hábitos de sono devem envolver um horário regular para dormir e acordar, evitar telas e não consumir cafeína ou álcool à noite, assim como praticar exercícios regularmente e ter uma boa higiene do sono, atentando-se para a importância de criar um ambiente tranquilo e confortável para o descanso noturno.

Fernanda ressalta que a insônia é um problema que deve ser levado com seriedade, sendo fundamental procurar ajuda médica, principalmente quando a qualidade de vida é prejudicada. “Isso pode causar alguns sintomas como dificuldade de concentração, irritabilidade, cansaço excessivo e até deixar a pessoa mais vulnerável a outras doenças”, alerta.

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Dra. Fernanda Rizzo - Foto divulgação

Dra. Fernanda Rizzo – Foto divulgação

A especialista diz que o tratamento da insônia pode incluir psicoterapia para auxiliar nas mudanças de hábitos que possam atrapalhar o sono ou tratar condições médicas que causam o problema. Ela explica que as medicações devem ser usadas por períodos curtos e transitórios apenas para auxílio, pois não são consideradas métodos de cura ou de tratamento. Fernanda recomenda que as técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios de respiração, também podem ajudar.

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