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Saúde

Nutrição funcional considera fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida para tratar as causas subjacentes de desequilíbrios de saúde

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Especialista recomenda que as pessoas desembalem menos, descasquem mais, pois o que é natural e da terra sempre será a escolha mais assertiva

A nutricionista Graciele Bazilio explica que o objetivo da nutrição funcional é focar na interação entre todos os sistemas do corpo, que analisa detalhadamente o histórico de saúde, hábitos alimentares, rotina de exercícios, níveis de estresse e sono do paciente. “Com essas informações, consigo desenvolver um plano alimentar individualizado para promover equilíbrio nutricional, fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças crônicas. A ênfase é em alimentos integrais e naturais, buscando sempre otimizar a saúde e o bem-estar de cada pessoa de forma completa e integrativa”, destaca.

Graciele comenta que embora haja um número de pessoas buscando uma alimentação melhor, praticando exercícios físicos e fazendo escolhas mais saudáveis, a obesidade ainda é uma doença crônica muito preocupante no Brasil. Dados recentes do Novo Atlas da Obesidade 2024 mostram que mais de 56% da população brasileira está com excesso de peso, o equivalente a cerca de 120 milhões de pessoas. “Isso inclui tanto obesidade quanto sobrepeso. É essencial que as pessoas melhorem ainda mais seus hábitos alimentares e busquem orientação de profissionais qualificados que possam direcioná-las para uma alimentação cada vez mais funcional e assertiva”, observa.

A especialista indica que os bons alimentos funcionais para a saúde são frutas, verduras, folhosos, peixes, proteínas magras, chá-verde, riquíssimo em catequinas e com propriedades antioxidantes que podem ajudar na perda de peso e na melhora da função cerebral, iogurte natural, fibras como aveia, nozes e sementes, cúrcuma, gengibre.

Alimentos e nutrientes têm a capacidade de alterar nosso estado de humor

Segundo a nutricionista, a frase é verdadeira, pois os alimentos influenciam a produção de neurotransmissores. O triptofano — um aminoácido encontrado em alimentos como banana, ovos, nozes — é necessário para a produção de serotonina, que promove sentimentos de bem-estar e felicidade.

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Ela lembra que dietas ricas em alimentos processados podem aumentar a inflamação e o risco de depressão, enquanto frutas, vegetais e gorduras saudáveis podem melhorar o humor. Já as gorduras ricas em ômega-3, encontradas em peixes gordurosos, têm propriedades anti-inflamatórias benéficas para a saúde mental. Além disso, deficiências de vitaminas D, B12 e minerais como magnésio podem afetar o humor e a saúde intestinal.

As escolhas alimentares e a sedução da publicidade

Conforme Graciele, as escolhas alimentares ainda são fortemente influenciadas pela publicidade, já que, muitas vezes, há a promoção de alimentos processados e pouco saudáveis, com bastante apelo visual e atraente. “A publicidade pode seduzir os consumidores a escolherem produtos menos nutritivos devido à sua conveniência, sabor, praticidade ou até mesmo a fama da própria marca”, ressalta.

Dra. Graciele Bazilio - Foto divulgação

Dra. Graciele Bazilio – Foto divulgação

Para a nutricionista, combater a grande influência da propaganda, é fundamental promover a educação nutricional e a conscientização sobre a importância de uma dieta equilibrada e baseada em alimentos integrais. “Nós, profissionais da saúde, desempenhamos um papel crucial ao ajudar essas pessoas a navegar por essas influências e a fazer escolhas alimentares que promovam a saúde e o bem-estar a longo prazo”, reforça.

A atuação dos alimentos saudáveis e industrializados no organismo

A especialista esclarece que os alimentos saudáveis são ricos em nutrientes essenciais e compostos bioativos, que não são facilmente obtidos em alimentos industrializados. Eles promovem a saúde geral do corpo, facilitando a digestão e a absorção dos nutrientes necessários.

Por outro lado, os industrializados, devido ao processo de fabricação, contêm menos nutrientes e podem incluir aditivos prejudiciais. Graciele argumenta que a tendência é o impacto negativo no metabolismo e o aumento do risco de doenças crônicas se consumidos em excesso.

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