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Saúde

Álcool: entenda os malefícios para o organismo

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Especialista conta que o consumo de álcool tem vários impactos significativos no corpo, tanto a curto quanto em longo prazo

O médico Ivan Togni (CRM-SP 181.274) explica que o álcool, sendo uma droga depressora do sistema nervoso central, faz com que o cérebro fique menos “ativo”, prejudicando a capacidade de pensar, planejar ações, memorizar e até mesmo de nos mover com precisão. Ele comenta que o cérebro é formado por células chamadas neurônios, responsáveis pela transmissão e processamento de informações, que permitem os pensamentos, sentimentos, ações.

Para que as mensagens continuem sendo repassadas e a mente funcione adequadamente, Togni diz que o neurônio-receptor precisa estar disposto a receber essas informações, entretanto, o álcool chega ao cérebro fazendo o contrário: os neurônios ficam menos receptivos e, consequentemente, poucas informações são repassadas, dificultando os pensamentos, a fala, a coordenação motora, entre outras funções. “O álcool não atrapalha apenas as funções cognitivas. Ele também inibe o processo de informações nas partes do cérebro, responsáveis por funções vitais, como o controle de batimentos cardíacos, respiração e sono. Isso torna o consumo de álcool excessivo perigoso, uma vez que a pessoa pode beber tanto que o organismo não suporta e “desliga” (a famosa perda total)”, aponta.

Impacto do álcool no organismo

Sistema nervoso central: o álcool pode causar perda de reflexos, problemas de atenção, perda de memória, sonolência e coma.

Aparelho digestivo: pode causar lesões e inflamação no esôfago e estômago, levando ao desenvolvimento de úlceras.

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Pâncreas: interfere na produção de insulina e na resposta à glicose, podendo causar hipoglicemia ou hiperglicemia.

Rins: aumenta a produção de urina, o que pode desregular a concentração de eletrólitos no sangue e elevar a pressão arterial.

Comportamento: prejudica a capacidade de julgar e tomar decisões, o que pode levar a comportamentos inconsequentes. Doenças graves: o consumo excessivo pode estar associado ao desenvolvimento de doenças não transmissíveis graves, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.

Benefícios ao deixar de consumir álcool

Melhora a saúde do fígado: o órgão pode se regenerar, diminuir a gordura acumulada e a inflamação.

Redução do risco de doenças crônicas: o consumo excessivo pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como câncer, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC).

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Melhora a qualidade do sono: o álcool prejudica os ciclos do sono e parar de beber pode ajudar a se sentir mais descansado.

Melhora a saúde da pele: a aparência da pele pode melhorar.

Melhora a concentração e o controle emocional: a abstinência pode ajudar o cérebro a se recuperar, melhorando processos cognitivos.

Redução da pressão arterial: em casos de hipertensão, a pressão arterial tende a diminuir.

Dr. Ivan Togni Filho - Foto divulgação

Dr. Ivan Togni Filho – Foto divulgação

Moderar ou abandonar definitivamente o álcool?

Segundo o médico, uma restrição gera compulsão e por isso é preciso avaliar individualmente a necessidade e objetivo. Togni ressalta que se o indivíduo for alcoólatra ou tiver uma doença crônica em estado avançado, parar de beber seria a melhor opção. “O consumo, mesmo que moderado, causa dano ao nosso corpo, mas não precisamos suspender totalmente e, sim, controlar a quantidade e a frequência do consumo. No entanto, sempre lembrando que a saúde vai além do álcool e, por isso, devemos cuidar na totalidade e não restringir algo isolado”, finaliza.

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