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Saúde

Entenda quando é o momento ideal de a mulher fazer reposição hormonal

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Especialista diz que, no entanto, efeitos colaterais podem surgir em algumas mulheres, como sensibilidade mamária, inchaço ou náuseas, dependendo da formulação hormonal utilizada

Segundo a médica Cíntia Machado (CRM-RS 45.813), a terapia de reposição hormonal (TH) costuma ser mais indicada para mulheres durante o climatério e menopausa. Ela esclarece que o momento ideal para iniciar o tratamento é nos primeiros oito anos após a menopausa, o que geralmente acontece entre os 45 e 55 anos.

Nesta fase, sintomas como ondas de calor, insônia, irritabilidade e secura vaginal são mais intensos e a reposição pode ajudar significativamente. “Oriento minhas pacientes que cada caso é único. Avaliamos o histórico familiar, exames laboratoriais e os sintomas que afetam a qualidade de vida. Em mulheres com histórico de doenças cardiovasculares ou histórico pessoal de câncer de mama, por exemplo, há contraindicações”, aponta.

Vantagens

Melhora dos sintomas da menopausa: a terapia de reposição hormonal (TH) é eficaz em reduzir ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal.

Proteção óssea: ajuda a prevenir a osteoporose e fraturas, especialmente em mulheres com maior risco de perda de massa óssea.

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Melhora do humor e qualidade do sono: A TH tem efeitos positivos sobre a estabilidade emocional, sono e sintomas de ansiedade.

Saúde cardiovascular: quando iniciada no período correto, a TH pode até ter efeitos protetores sobre o sistema cardiovascular.

Desvantagens

Risco de trombose: em algumas mulheres, principalmente fumantes ou com histórico de trombose, a TH pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos.

Possível aumento no risco de câncer de mama: em certos casos, especialmente em pacientes de alto risco, a terapia de reposição hormonal com estrogênio e progesterona combinados, o risco de câncer de mama pode aumentar. Nesses casos, é sempre indicado realizar um painel genético para avaliar a susceptibilidade ao câncer.

Associação entre a terapia hormonal e o risco de câncer

Conforme a especialista, existem estudos que sugerem uma associação entre a terapia hormonal e o risco de câncer de mama, principalmente em tratamentos prolongados e com hormônios sintéticos (principalmente estrogênios) via oral. “Entretanto, o cálculo de risco de câncer em pacientes com indicação e segurança para terapia de reposição hormonal deve ser muito individualizado. É importante discutir o histórico pessoal e familiar da paciente para avaliar o risco individual e optar pela melhor abordagem terapêutica”, ressalta.

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Dra. Cintia Machado - Foto divulgação

Dra. Cintia Machado – Foto divulgação

Osteoporose pode ser atenuada com a reposição hormonal

De acordo com a médica, a reposição hormonal pode ser uma aliada importante na prevenção e tratamento da osteoporose, já que o estrogênio e a progesterona têm papel crucial na manutenção da densidade óssea. Cíntia explica que a queda dos níveis hormonais após a menopausa acelera a perda de massa óssea, aumentando o risco de fraturas. Portanto, a terapia de reposição hormonal pode retardar ou prevenir essa perda óssea, melhorando a saúde esquelética. “É sempre importante frisar a atividade física como fator protetivo para a proteção óssea”, destaca.

A reposição hormonal e as mulheres acima dos 60 anos

A especialista lembra que a reposição hormonal pode ser feita, contudo, é preciso cautela. Ela observa que após os 60 anos ou mais de 10 anos de menopausa, a TH traz mais riscos, como doenças cardiovasculares e trombose, sendo fundamental realizar uma avaliação médica completa, considerando fatores como a saúde cardiovascular, risco de osteoporose e qualidade de vida. “Para mulheres que têm boa saúde metabólica, cardiovascular e que apresentam sintomas significativos, como osteoporose severa ou sintomas vasomotores persistentes, a TH pode ser uma opção, mas sempre com acompanhamento médico”, afirma.

Aspecto psicológico

Cíntia reforça que a terapia hormonal pode ter um impacto muito positivo sobre o bem-estar psicológico da mulher. O declínio nos níveis de estrogênio afeta neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão ligados ao humor. Muitas mulheres relatam melhora no humor, redução de sintomas de depressão, ansiedade e irritabilidade, além de melhor qualidade de sono. “Além disso, o equilíbrio hormonal proporciona uma sensação de controle sobre os sintomas físicos e emocionais da menopausa, o que pode aumentar a autoestima e melhorar a qualidade de vida em geral”, finaliza.

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