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Saúde

Implante contraceptivo: entenda como funciona este método anticoncepcional

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Médica lista vantagens e desvantagens; ela ressalta a importância das políticas públicas

A influenciadora digital Virgínia Fonseca e a dançarina Lore Improta foram personalidades famosas que usaram o implante contraceptivo — método anticoncepcional de longa duração que envolve a inserção de um pequeno bastão subcutâneo no braço da mulher. Segundo a ginecologista Juliana Risso, uma das vantagens é a eficiência elevada. A médica explica que o implante contraceptivo é eficaz na prevenção da gravidez, com uma taxa de sucesso de mais de 99%. A longa duração é outro aspecto vantajoso, pois pode fornecer proteção contraceptiva por até três anos, eliminando a necessidade diária de tomar pílula ou aplicar métodos contraceptivos mais frequentes. Outra vantagem é a rápida reversibilidade, já que a fertilidade retorna após a remoção do implante. Conforme Risso, mais um benefício do contraceptivo é o controle menstrual, pois traz para algumas mulheres experimentarem uma diminuição nas dores menstruais e na quantidade de sangramento. “Pode ser uma vantagem para aquelas que sofrem de cólicas intensas ou menstruações abundantes, embora possa ocorrer escapes”, conta.

Porém, Juliana destaca as possíveis desvantagens do implante, como, por exemplo, os efeitos colaterais. Ela diz que certas mulheres podem experimentar irregularidades menstruais, mudanças de humor, dores de cabeça, acne, sensibilidade nos seios e aumento de peso por retenção hídrica. Ela cita também que apesar de ser simples e rápido, o método é invasivo. “A inserção do implante requer um procedimento médico, o que pode ser desconfortável para algumas mulheres”, aponta. Risso mostra outra desvantagem: o contraceptivo não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, sendo necessário o uso de preservativos. Outra desvantagem alertada pela ginecologista são as possíveis complicações na remoção do implante, podendo ocorrer dificuldades técnicas ou cicatrização anormal.

Dra. Juliana Risso - Foto divulgação

Dra. Juliana Risso – Foto divulgação

A especialista chama atenção para que as mulheres considerem o implante contraceptivo, no entanto, elas precisam discutir com um profissional de saúde para determinar se esse método é apropriado para suas necessidades e condições de saúde específicas. “Cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos métodos contraceptivos. A escolha deve ser personalizada para garantir a segurança e a eficácia”, orienta.

Recomendações para as mulheres que desejam conhecer o método Converse sobre seu histórico médico: compartilhe informações detalhadas com o profissional, incluindo condições de saúde pré-existentes, alergias, medicamentos em uso e reações a métodos contraceptivos anteriores.

Discuta efeitos colaterais e expectativas: pergunte ao médico o que esperar em termos de mudanças no ciclo menstrual, humor e outros aspectos relacionados.

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Avalie necessidades e estilo de vida: o implante é uma boa opção para mulheres que desejam um método contraceptivo de longa duração e que estejam dispostas a passar por um procedimento de inserção.

Alternativas e compatibilidade: questione sobre outras opções contraceptivas disponíveis e converse sobre a compatibilidade do implante com seu estilo de vida, preferências e objetivos reprodutivos.

Informações sobre reversibilidade: obtenha informações claras sobre a reversibilidade do implante. Saiba quanto tempo pode levar para a fertilidade retornar após a remoção.

Dialogue com o parceiro: se estiver em um relacionamento, tenha uma conversa aberta com seu parceiro sobre a escolha do método contraceptivo, compartilhando informações e considerando as opiniões de ambos.

Acompanhamento regular: o profissional de saúde deve monitorar qualquer efeito colateral e garantir que o método esteja funcionando conforme o esperado.

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Política pública sobre o método contraceptivo no Brasil

A ginecologista esclarece ponto a ponto sobre o tema. Para ela, a política pública garante o acesso fácil e a disponibilidade do implante contraceptivo. “Isso pode aumentar sua eficácia, envolvendo a presença de profissionais de saúde treinados para realizar a inserção e remoção do implante”, diz.

Educação e informação: uma política eficaz deve incluir programas educacionais abrangentes para informar as mulheres sobre as opções contraceptivas disponíveis, incluindo os benefícios e os possíveis efeitos colaterais do implante.

Cobertura de seguro: se o implante contraceptivo estiver coberto por programas de saúde pública ou seguro, isso tornará o método mais acessível para um número maior de mulheres, contribuindo para sua eficácia.

Atendimento em saúde reprodutiva: a qualidade do atendimento em saúde reprodutiva, incluindo a oferta de aconselhamento e acompanhamento regular, é essencial para a eficácia
de qualquer política relacionada ao uso do implante contraceptivo.

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Respeito aos direitos reprodutivos: a eficácia de uma política pública está relacionada à garantia dos direitos reprodutivos das mulheres, incluindo a capacidade de fazer escolhas informadas sobre métodos contraceptivos e acessar serviços de saúde sem discriminação.

Abordagem culturalmente sensível: pode aumentar a aceitação e adesão ao uso do implante. É importante considerar as diferenças culturais e sociais ao implementar políticas relacionadas à contracepção.

Monitoramento e avaliação contínuos: a eficácia de qualquer política pública precisa ser monitorada e avaliada continuamente para identificar áreas de melhoria e garantir que as metas de saúde reprodutiva estejam sendo alcançadas.

Promoção de escolha consciente: uma política eficaz deve promover a autonomia das mulheres na escolha de métodos contraceptivos, incluindo o implante, e garantir que elas tenham informações claras para tomar decisões conscientes.

Parcerias com organizações da sociedade civil: podem fortalecer a implementação e a aceitação de políticas públicas relacionadas à saúde reprodutiva, incluindo o uso do implante contraceptivo.

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“A eficácia de uma política pública relacionada ao implante contraceptivo no Brasil dependerá da abordagem integrada desses fatores e do compromisso contínuo com a saúde reprodutiva das mulheres. Uma abordagem holística que leve em consideração as diversas dimensões do acesso, informação e aceitação cultural é fundamental para o sucesso de tais iniciativas”, conclui.

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