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Saúde

Miomas: diagnóstico precoce pode permitir um tratamento mais assertivo

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Nívea Stelmann e Sharon Stone - Foto divulgação

Conhecer os sintomas e fatores de risco podem evitar o comprometimento da saúde

As atrizes Nívea Stelmann e Sharon Stone descobriram um mioma no útero e precisaram passar por cirurgia. Segundo o ginecologista André Vinícius de Assis Florentino, são tumores não cancerosos que crescem no útero. Eles podem ser menores que uma semente de maçã ou crescer até o tamanho de uma laranja. “Se você estiver com sangramento intenso, longos períodos menstruais, dor pélvica, micção frequente ou constipação, você pode ter miomas uterinos. No entanto, é importante notar que algumas mulheres com a condição não apresentam nenhum sintoma”, alerta.

O médico explica que, ao contrário dos tumores cancerígenos, os miomas raramente se espalham para outros órgãos do corpo. Eles podem ocorrer em diferentes partes do útero e são descritos de quatro maneiras. O mioma submucoso está sob o revestimento interno do útero; o mioma submucoso pedunculado está na cavidade do útero; o mioma mais comum é o intramural, que fica na camada muscular do útero, e o mioma subseroso está na camada externa do útero. Como ressalta André Vinícius, embora a causa definitiva seja desconhecida, a maioria dos profissionais acredita que existem muitos fatores diferentes.

Causas potenciais

Hormônios: níveis de estrogênio sem oposição demonstraram promover o desenvolvimento de miomas. Níveis elevados de progesterona também foram associados a aumentos no crescimento de miomas.

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Genética: mutações genéticas nos genes MED12, HMGA2, COL4A5/COL4A6 ou FH foram implicadas no desenvolvimento e crescimento de miomas uterinos.

História familiar: “se sua mãe teve miomas, você tem três vezes mais chances de ter miomas em comparação com uma mulher sem histórico familiar, destacando o forte componente genético. Mais pesquisas precisam ser feitas para elucidar os fatores genéticos que contribuem para essa condição”, aponta o ginecologista.

Hormônios de crescimento: hormônios como fatores de crescimento semelhantes à insulina, fatores de crescimento epidérmicos e fatores de crescimento transformadores também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de miomas.

Número de micronutrientes no sangue: a quantidade de certos micronutrientes, como baixos níveis de ferro e/ou vitamina D, podem contribuir para o crescimento e também se enquadra entre os fatores de risco para miomas.

Idade: o desenvolvimento de miomas torna-se mais comum à medida que as mulheres envelhecem, especialmente durante os 30 e 40 anos, até a menopausa. Após a menopausa, os miomas geralmente encolhem.

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Peso: mulheres com excesso de peso correm maior risco. Para mulheres muito pesadas, o risco é duas a três vezes maior que a média.

Dieta: comer muita carne vermelha e presunto estão associados a um maior risco de miomas. Comer muitos vegetais verdes, em contrapartida, ajuda na proteção.

Dr. André Vinícius - Foto divulgação

Dr. André Vinícius – Foto divulgação

O médico recomenda que o plano de tratamento da mulher deve incluir idade, vontade de engravidar da paciente e a proximidade da menopausa. Depois que a menopausa é iniciada, é provável que os miomas encolham ou desapareçam. Contudo, até o começo dessa fase, eles podem continuar a se formar, mesmo que outros tenham sido removidos.

Abordagem cirúrgica

O ginecologista orienta que a paciente converse com o médico sobre os riscos e benefícios de cada procedimento. “Uma opção mais conservadora é a embolização de miomas uterinos, minimamente invasivo. Ele reduz com segurança e eficácia os tumores fibroides uterinos e oferece alívio dos sintomas desagradáveis que os acompanham”, comenta.

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