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Saúde

Organização Mundial da Saúde afirma que 90% da população sofre com o estresse

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Médica aponta que o impacto do estresse na saúde mental contribui para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão, síndrome do pânico e Burnout. O problema também pode afetar a memória, a capacidade de concentração, cognição e tomada de decisões, prejudicando a qualidade de vida do paciente

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é uma epidemia que atinge cerca de 90% da população mundial e pode causar outras doenças. Quando falamos em estresse no ambiente de trabalho, pesquisa realizada pela People at Work 2023: A Global Workforce View, do ADP Research Institute, revelou que, 67% dos trabalhadores brasileiros sofrem com o problema. O número está acima da média global, que ficou em 65%.

A médica Ana Gabriela de Magalhães, pós-graduada em Medicina do Estilo de Vida, define estresse como uma resposta fisiológica e psicológica do corpo a estímulos, situações desafiadoras ou ameaçadoras. “É uma reação natural que prepara o indivíduo para “fuga” do perigo, mas que, em excesso, pode causar problemas para a saúde da pessoa”, comenta.

De acordo com ela, o estresse em si não é uma doença, mas, sim, uma resposta do corpo a situações desafiadoras. No entanto, se o estresse persiste e fica crônico, pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como ansiedade, depressão, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e outros problemas de saúde física e mental.

Sintomas e consequências do estresse

A médica aponta que as pessoas podem ter irritabilidade, ansiedade, cansaço, dificuldade de concentração, alterações no apetite, dores de cabeça, dores musculares, problemas digestivos, insônia e queda na produtividade. Em casos mais graves, pode haver sintomas como ataques de pânico e depressão. “As consequências podem ser graves. O estresse pode levar a problemas cardiovasculares (como hipertensão e infarto agudo do miocárdio), distúrbios gastrointestinais, baixa imunidade e aumento da vulnerabilidade a infecções, doenças autoimunes, problemas de pele, ganho ou perda de peso, além de agravar condições de saúde mental”, ressalta.

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Tratamento

O tratamento do estresse, como explica Ana Gabriela, necessita de uma abordagem multidisciplinar, incluindo mudanças no estilo de vida, técnicas de relaxamento (por exemplo, meditação e ioga), exercícios físicos regulares, dieta balanceada, sono adequado, além de terapias psicológicas como a terapia cognitivo-comportamental. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, sempre sob orientação profissional.

Sono e envelhecimento

A médica destaca que o estresse pode causar dificuldade em adormecer, manter o sono e até mesmo causar pesadelos. Ela diz que o cortisol, hormônio vinculado ao estresse, quando em níveis elevados, pode interferir no ciclo do sono, levando a um sono não reparador.

Dra. Ana Gabriela - Foto divulgação

Dra. Ana Gabriela – Foto divulgação

Ana Gabriela observa que o estresse também pode acelerar o processo de envelhecimento. “Estudos mostram que o estresse crônico pode levar ao encurtamento dos telômeros — estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos e que estão associadas ao envelhecimento celular. Além disso, o estresse pode provocar alterações hormonais que influenciam negativamente a regeneração celular e a aparência física”, enfatiza.

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