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Venezuela exige retirada de navio de guerra britânico na Guiana

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O governo da Venezuela exigiu, nesta quinta-feira (28), “ações imediatas” para a retirada de um navio de guerra britânico da costa da Guiana, em meio a uma frágil trégua na disputa centenária entre os dois países pelo Essequibo, um território rico em petróleo.

A Guiana ainda não confirmou a chegada do “HMS Trent”, que já se encontrava no Caribe e que, como o Reino Unido anunciou no domingo passado, seguia para a ex-colônia britânica para participar de exercícios militares antes do fim do ano.

A Venezuela rejeita, de maneira categórica, a chegada do navio da Marinha britânica ‘HMS Trent’ à costa da Guiana, o que se torna um ato de provocação hostil”, afirmou o governo em um comunicado oficial.

“A presença do navio militar é extremamente grave, razão pela qual a Venezuela insta as autoridades da Guiana a tomarem ações imediatas para a retirada do navio ‘HMS Trent’ e a se absterem de continuar envolvendo potências militares na controvérsia territorial”, acrescentou o texto.

As tensões entre os dois países se acentuaram após a realização de um referendo sobre a soberania de Essequibo, em 3 de dezembro, na Venezuela, o que gerou temores de um conflito armado entre vizinhos.

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Uma reunião em São Vicente e Granadinas entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, baixou o tom com uma declaração conjunta que, segundo Caracas, é violada com a chegada do “Trent”.

A Venezuela afirma que Essequibo, região de 160.000 km2 rica em recursos naturais, faz parte de seu território, como em 1777, quando era colônia da Espanha. Nesse sentido, apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido. Esse texto assentava as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899, o qual Georgetown pede que seja ratificado pela Corte Internacional de Justiça (CIJ).

O “HMS Trent” foi destacado para o Caribe para combater o tráfico de drogas no início de dezembro, embora costume operar no Mar Mediterrâneo. Não pretende atracar em Georgetown, mas sim realizar exercícios em mar aberto.

O Ministério britânico da Defesa não confirmou a chegada do navio às águas guianenses, mas informou, em um comunicado recente, que o navio cumpriria “uma série de compromissos na região”.

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